Brain, tido como o primeiro vírus de computador, completou 20 anos nesta quinta (19).
A praga, que se alojava no setor de boot dos discos, usava disquetes para se espalhar de micro a micro, uma prática absolutamente arcaica diante das técnicas atuais de distribuição em massa pela internet, usando técnicas furtivas e peças requintadas de programação.
Os vírus de boot deixaram de ser produzidos à medida que as pessoas pararam de usar disquetes. Mesmo assim, Brain abriu caminho para uma linhagem de vírus, worms, trojans e todo tipo de malware, que já chega a 72.010 vírus (dados de 19 de janeiro, segundo a Symantec).
A partir de 1995, uma nova categoria de vírus surgiu, mantendo-se popular até 1999: os chamados vírus de macro. Eles se valiam de vulnerabilidades dos programas do Microsoft Office para funcionar e se disseminar por meio dos arquivos criados por esses programas.
Os vírus de macro deram lugar aos worms que se disseminavam por e-mail, como o Love Bug e o Melissa, o que fez o tempo de epidemia cair de dias para horas. As técnicas de disseminação por redes locais e internet foram sendo aprimoradas, e pragas como o Blaster causaram enormes estragos em escala global. Os vírus já são capazes de se disseminar por conexões wireless.
As pragas mais recentes visam furtar informações pessoais –principalmente dados importantes, como senhas bancárias- ou ainda “escravizar” computadores, para que crackers remotamente usem máquinas contaminadas para realizar ataques e outros tipos de crimes virtuais.
Justamente aí reside a grande diferença entre os vírus primitivos e os atuais. Originalmente, eram atividades de programadores que queriam demonstrar suas habilidades, sem que isso necessariamente implicasse em prejuízos a suas vítimas. Os vírus atuais se tornaram atividades criminosas, capazes de movimentar ou causar prejuízos de milhões de dólares.
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