Não é a primeira vez que a questão vem à tona, mas as dúvidas e desconfianças que cercam a computação em nuvem me levam a perguntar por que parecemos considerar a nuvem da Google mais confiável que as outras.
Ninguém bate mais na tecla na cloud computing que a Google: Gmail, Google Docs, Google Apps, Google isso, Google aquilo. Tudo tem como base um esquema de recursos remotos e uma bolha amorfa de processamento que entrega tudo que pensamos em procurar, aceita todo documento que criamos, e envia nossos e-mails e mensagens instantâneas.
E, diferentemente de outros provedores de serviços de cloud, a Google parece ser bem aceita em seu papel, enquanto outras empresas inspiram ceticismo.
A maioria das pessoas já ouviu o lema da empresa, “Don't be evil” (não seja má), que aliás tem sido desafiado cada vez mais, da submissão à censura na China à captura de dados em redes sem fio por carros do Google Street View. Em sua defesa, a Google diz que esse último episódio não foi intencional, mas isso não a livrou do caldeirão de água fervente que a situação criou.
Mesmo assim, a Google deu um passo adiante. Para alimentar o Google Places, a empresa tem instalado câmeras em certos locais e áreas públicas, para que você possa ver o interior de um restaurante antes, digamos, de aparecer lá para um jantar. E isto parece perfeitamente normal para a maioria das pessoas.
Fico imaginando: e se a Microsoft ou a Oracle tentasse algo semelhante? Seria tudo na paz e no amor, ou as pessoas escolheriam alguém na Oracle, com olhos esbugalhados e rosto enrugado, para atirar pedras?
Por Paul Venezia, da InfoWorld/EUA
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